sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Vou para a universidade e agora? - Sempre na Moda

Vou para a universidade… e agora?! (#1)

3
JUL
Camila Bento
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Casosigam o blog há algum tempo, certamente já se aperceberam que estou na universidade. Para quem é novo por aqui, posso dizer que entrei em setembro do ano passado em Gestão no ISEG, em Lisboa. Tenho a perfeita noção de que o blog é visitado por muitas leitoras que estão agora na fase de decidir qual o curso que vão tirar, em que universidade, etc, etc. Partindo da minha experiência, vou tentar dar uma ajuda e ir de encontro àquilo que vocês mais querem saber! Hoje começo por falar na escolha do curso, já que as inscrições começam no fim deste mês e se prolongam até ao início de agosto.
Existem pessoas que nasceram com uma vocação perfeitamente vincada, o que faz, muitas vezes, com que tenham um grande incentivo para atingir a meta com que sempre sonharam. Existem, por outro lado, pessoas que não sabem ao certo o que querem… Ou porque gostam de muitas coisas ou porque na realidade não se identificam com nada em concreto. Se fazem parte deste grupo, não se assustem… as indecisões são mais do que normais!
No meu caso, posso dizer-vos que não tinha uma ideia fixa desde o início! No 11º ano passei por uma fase um pouco menos boa do meu percurso académico, e de vida mesmo, com o término de uma relação e acho que isso mudou um pouco a minha forma de encarar as coisas! Foi no fim desse mesmo ano que achei que a área dos negócios era aquela com que eu tinha mais a ver e imagino-me no futuro como umabusiness woman! Uma pergunta muito comum é: porquê gestão e não economia? Para mim, não foi difícil decidir entre uma e a outra… Gosto muito de desafios e considerei que seria preferível um curso que mais amplo e com uma componente mais prática! Assim foi, a decisão estava tomada e em setembro lá recebi o resultado da minha candidatura: fiquei colocada em Gestão no ISEG, que pertence à Universidade de Lisboa. Não vou ser hipócrita… Caso o exame de Matemática me tivesse corrido melhor, a Nova SBE seria a minha escolha, mas estranhamente não fiquei nada triste por ter acabado por colocar o ISEG como primeira opção… Acho que tinha um bom feeling. O balanço é bom, conheci pessoas impecáveis; os professores são bons (oiço relatos de amigos de outras faculdades que seriam impensáveis na minha, por exemplo) e não se sente um espírito competitivo, visto que entre colegas partilhamos tudo quanto podemos para conseguirmos melhores resultados, não somos individualistas a bem dizer! Caso tenham interesse, poderei falar-vos um pouco mais do curso e da faculdade num outro post desta rubrica!
Caso se sintam realmente perdidos, os testes psicotécnicos podem ser muito úteis, visto que identificam as vossas aptidões e capacidades. Talvez não sejam 100% esclarecedores para algumas pessoas, contudo, e tendo em conta que se trata de um assunto muito sério, vale a pena arriscar e fazê-los!
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Se a vossa média não vos permitir entrar no curso que tanto queriam, não desanimem! Sei que provavelmente não é fácil chegar ao fim do secundário e perceber que os resultados ficaram aquém do esforço ou que o esforço não foi suficiente para aquilo que ambicionaram (uma professora do secundário costumava dizer: só no dicionário é que sucesso vem antes de trabalho. E é tão verdade!). Já ouvi muitos testemunhos de pessoas que batalharam muito até conseguirem chegar ao curso que queriam e isso inclui: repetir os exames nacionais, entrar num curso e pedir transferência, ir estudar para outro país… Enfim, o que não faltam são casos desses. Embora a conjuntura atual não permita grandes “aventuras”, às vezes é preferível fazer um esforço a passar toda uma vida frustrado por não se ter conseguido atingir um objetivo!
A média não é tudo! Quando oiço que determinadas pessoas foram para um certo curso apenas porque a média assim o permitiu, fico chocada! Pensar que há pessoas que enveredaram um caminho apenas por uma questão de estatuto social, ou outra do género, é triste, muito triste! Nem consigo imaginar o que será ter uma profissão durante cerca de 40 anos sem se gostar… E estou certa de que isso o dinheiro nunca conseguirá pagar!
“Teremos sempre trabalho se formos realmente bons naquilo que fizermos”! As taxas de empregabilidade de determinados cursos não são, de todo animadoras, mas esta forma de pensar poderá ser uma motivação na nossa vida. Talvez não seja assim tão linear, mas é válida muitas, muitas vezes! Lá está, a vocação, o esforço e o querer são meio caminho andado! Ainda assim, ler acerca das saídas profissionais pode ser um bom critério de desempate!
Falem com amigos que estejam em cursos diferentes e oiçam as suas experiências! As experiências dos outros nunca, mas nunca, serão iguais às nossas, mas podem dar uma grande ajuda, sobretudo em caso de indecisão!
Quando a decisão do curso estiver tomada, mas a da universidade ainda não, aconselho-vos a analisar o plano curricular das diversas hipóteses. À partida, o mesmo curso terá um plano curricular semelhante nas diversas universidades, mas há sempre algumas cadeiras que diferem e que poderão agradar-nos mais ou menos.
O post já vai longo, mas acho que não poderia dizer tudo isto por menos palavras. Nos próximos posts, pretendo falar da mudança de casa, do equilíbrio entre a vida universitária e a vida social, entre outros. Entretanto, se tiverem alguma dúvida, estarei à vossa disposição!
Se alguém que já esteja na universidade, ou que já tenha terminado o curso, queira dar uma ajuda às leitoras que estão na fase da escolha, tanto melhor. A partilha faz sempre todo o sentido! Smile

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