segunda-feira, 14 de julho de 2014

Organização do Tempo - FashionSkribo

Para além da própria força de vontade (sempre necessária) e, claro, do estudo, deve-se garantir, logo desde o início de cada ano lectivo, que nos manteremos organizados. Não só o espaço onde estudamos, mas acima de todo, a organização de todas as nossas tarefas. Uma das principais causas – pelo menos do meu ponto de vista – para se começar a ter algum insucesso escolar é a desorganização. Não só acabamos por perder a conta aos trabalhos que temos para fazer, como também começamos a ter pouco tempo para estudarmos. Chega-se a um ponto em que a pressão é demasiada e, temos de deixar algumas coisas para trás de modo a aliviá-la. Um certo nível de pressão e stress não faz mal a nínguem (falarei disto mais à frente), mas em demasia é que não. É como que uma avalanche: um passo em falso e nunca mais conseguimos travar esta onda. É certo que isto também não é assim tão literal, mas é para terem uma ideia geral de como é necessária a organização. E é ainda mais importante quando chegarem à Universidade, sobretudo porque a quantidade de trabalhos e a exigência, no mínimo, duplicam.
Penso que o modo como eu organizei os posts sobre o Ensino Superior resultou, por isso, também estes posts vão ser organizados do mesmo modo, ou seja, à base de tópicos. E, do mesmo modo que disse isto naqueles posts, volto a repetí-lo aqui: tudo o que aqui como que aconselho é baseado na minha experiência. Estes métodos resultaram (e ainda resultam) comigo, mas o mesmo pode não acontecer com vocês. Por isso, podem ir experimentando métodos diferentes até encontrarem um que realmente funcione.

Quando começar
Do meu ponto de vista, devemos começar a organizar-nos desde o início do ano. Não vou dizer desde o primeiro dia de aulas – porque nessa altura ainda só temos conhecimento do horário e pouco mais -, mas talvez, desde a primeira/segunda semana de aulas, numa altura em que os professores já começam a pedir trabalhos. E, além do mais, quanto mais cedo começarmos a organizar-nos, menos probabilidades temos de acumular imensas tarefas em períodos de curta duração.
Para quem vai para a Universidade, neste caso talvez aconselhe a que se organize desde o início. E digo isto porque logo na primeira/segunda aula, por norma, os professores ao apresentarem os programas das suas cadeiras, dizem-nos que trabalhos é que temos de fazer e que livros é que temos de ler e, por mais que não pareça, alguns prazos chegam bem mais depressa do que podemos imaginar.
E esta não deve ser a única altura em que devemos tirar um tempinho para organizarmos a nossa mente em relação às tarefas que temos de fazer. Aliás, sempre que aparece alguma mudança nos  horários devemos voltar a re-organizar tudo (irei explicar isto melhor mais abaixo).
No fundo, aquilo que vos quero transmitir é que não devem deixar tudo isto para a última hora, quando estão já sobrecarregadas com imensos trabalhos e testes. Há que aproveitar o início de aulas quando ainda não se tem nada para fazer. E, além do mais, se realmente organizarmos o nosso tempo, de certo que conseguimos arranjar tempo para fazer as mil e uma coisas de que gostamos e que nada ou pouco têm a ver com a escola/universidade.
Agenda
Eu própria não uso uma agenda, mas devo admitir que deve dar o seu jeito. Do que aqui vou falar esta é a única coisa que realmente não utilizo. No entanto, acho que sou capaz de vir a usar uma: quanto mais maneiras tiver de me organizar melhor, penso eu.
Uma agenda é uma óptima ajuda para o dia-a-dia, uma vez que nos permite planear até ao último pormenor o que temos para fazer num determinado dia. Para além disso, é útil para marcares, entre outras coisas, as datas dos testes e das entregas de trabalhos, bem como visitas de estudo ou outras actividades relacionadas com a escola/universidade e, quaisquer outros compromissos extra-curriculares que possas ter.
A nível do dia-a-dia, o que eu costumo é fazer, logo no ínicio do respectivo dia (ou no final da véspera), planear o que vou fazer. Isto é uma boa ajuda, uma vez que nos podem surgir tarefas à última hora (de que não tinhamos conhecimento prévio) e que sejam precisas de fazer no momento. Imaginemos que se tinha, por exemplo, de fazer 3 tarefas das 15h às 20h, mas que entretanto nos foi pedido para fazer algo nessa mesma tarde. Para garantir que fica tudo feito a horas convém planear o dia. Assim, dependendo de cada tarefa, atribui-se um período de tempo no qual elas sejam feitas, tendo sempre em conta que devemos fazer intervalos.
Horário semanal
Como complemento de uma agenda, podem criar o vosso próprio horário ou plano semanal (como este aqui). No fundo, não passa de um plano mais aprofundado do nosso horário escolar. Dos três tipos de planos que apresento, este é aquele que mais uso. Funciona do mesmo modo que um plano diário, mas é mais abrangente já que incorpora toda a semana, e não apenas um único dia.
Esta é uma boa maneira para organizarem as vossas semanas, já que permite que estabeleçam o que querem fazer com o vosso tempo livre – ou seja, o tempo em que não têm aulas. Há é que ter em atenção que por ser tempo livre não significa que é para estarmos de cu para o ar, a não fazer nada. Este tempo deve ser, sim, organizado: períodos para realmente descansarmos, períodos para estudarmos e períodos para fazermos actividades extra-curriculares, como algum desporto, por exemplo.
Para quem ainda anda na escola, isto é, Ensinos Básico e Secundário, não penso que seja necessário modificar este plano após ter sido elaborado no início do ano lectivo. Agora, para quem frequenta o Ensino Superior, talvez seja uma boa ideia ir modificando este plano. Isto porque podemos ir participar/ajudar nalguma conferência – o que não acontece de todo em todas as semanas – ou podemos ter alguma outra actividade académica que não seja habitual. Com isto, quero dizer que, no final ou no início de cada semana, deve-se elaborar um novo plano semanal quando algo muda nas nossas tarefas.
Horário mensal
Como podem ver neste exemplo, este tipo de horário já não tem muito a ver com os anteriores. De certo modo, até se pode dizer que ele é abrangente demais. Mas, a verdade é que este tipo de plano é usado para outros fins.
A principal (e talvez única) função deste horário é para se marcar as datas dos testes e das entregas de trabalho. É certo que já se fez isso na agenda, mas nestes planos consegue-se ter uma visão mais alargada das datas. Deste modo, pode-se calcular quanto tempo é que se tem entre cada teste, entre cada entrega de trabalho e entre testes e entregas de trabalho. É uma boa maneira de planearmos quanto tempo é que devemos “dispensar” para cada tarefa.

Trabalhos de casa
Não sou propriamente a melhor pessoa para falar neste tópico; devo admitir que sempre me desleixei em relação aos trabalhos de casa, especialmente no Secundário. Contudo, sei o valor deles. Não só convém serem feitos porque é uma parte da nossa avaliação (e há professores que andam com um caderno atrás para apontar quem faz ou não e isso depois reverte-se bem na nota  final), como elas são uma boa ajuda no que diz respeito à melhor compreensão das matérias que são leccionadas em cada disciplina.
Devem reservar, sempre que possível, após as aulas de cada dia, um período de 1h a 2h para fazerem os vossos trabalhos de casa. Não só ficam logo despachados, como ainda estão com a matéria fresca nas vossas cabeças, o que faz com que mais depressa e facilmente façam os trabalhos de casa.
Para quem está na Universidade, esta é uma realidade que já não vai conhecer. E se tal acontecer, de certo que é algo absolutamente esporádico. Por isso, é útil ocupar este espaço de tempo para se passar a limpo os apontamentos ou para preparar o próximo dia de aulas.
Trabalhos de investigação
Como o tema deste post é a organização, não vos vou dizer como fazer um trabalho, mas sim como se devem organizar para garantirem que tudo está feito até ao prazo da sua entrega.
Num dia, preferencialmente pouco tempo depois de saberem que têm um trabalho para fazer, devem seguir os seguintes passos:
  • o primeiro passo é assinar a data de entrega num plano mais geral, para se ter uma ideia de quanto tempo se tem até lá;
  • o segundo passo é decidir que tema é que queremos abordar. É certo que esta não é propriamente uma realidade muito presente na nossa vida escolar, visto que muitos professores no Secundário preferem serem eles a ditar tudo e mais alguma coisa; no entanto, para quem está na Universidade, o tema cabe sempre ao aluno decidir;
  • o terceiro passo é delinear o plano do trabalho, ou seja, devem definir quais os tópicos sobre os quais querem escrever, tentando organizá-los num plano lógico. Muitas vezes (ou talvez sempre), os professores na universidade vão pedir para que entreguemos este plano. Este é capaz de ter algumas variantes porque cada professor tem os seus métodos, por isso convém que ele esclareça bem o que quer que seja apresentado nesse plano.
Com tudo isto bem definido, devem começar a pensar que tipo de bibliografia é que querem utilizar – sendo que a internet (ou seja, a wikipédia) deve ser usada como um último recurso – e onde é que a poderão encontrar. Como nem toda a informação se terá em casa e como se deve analisar com atenção toda a bibliografia que vamos utilizar, é bom que nos organizemos para que se tenha tempo de fazer tudo. Uma boa estratégia (especialmente se estivermos no Ensino Superior) é começar a fazer o trabalho o mais cedo possível, aproveitando enquanto não se têm de estudar para testes e/ou frequências.
Trabalhos de grupo
Para os trabalhos de grupo, a organização é a mesma que a para os trabalhos que são feitos individualmente. O único aspecto que quero aqui acrescentar é que, como são vários os elementos a fazer o mesmo trabalho, tem-se de ter atenção que cada um tem as suas vidas, ou seja, que se tem de ter tudo muito bem organizado para que possam estar todos presentes (ao mesmo tempo) para fazerem o trabalho. Isto porque um trabalho de grupo não siginifca dividir os tópicos, cada um faz o seu e depois junta-se tudo. Pode resultar nalguns casos, mas não é algo muito frequente.
Para se tornar mais fácil, no ínicio, pode-se sim dividir as pesquisas pelos vários elementos do grupo. Cada um pesquisa sobre determinado tópico e, depois, junta-se toda a informação encontrada. Aí é que, em grupo, decidem o que é importante do que não é, por exemplo. Como não são vocês a mandarem em todo o trabalho e não o poderão fazer quando quiserem e bem vos apetecer, porque é um trabalho de grupo devem garantir que todos estão satisfeitos com as datas que se estabelecem para fazerem o trabalho.
Pressão induzida
Como eu já mencionei no início do post, uma certa pressão e um certo stress não faz mal a ninguém. Aliás, muitas pessoas trabalham bem sobre pressão (eu por acaso sou uma dessas pessoas). Mas como também referi, pressão a mais é que não, especialmente porque não nos faz nada bem à saúde.
Com isto da pressão induzida, como o nome o quer dizer, eu estou-me a referir uma pressão que somos nós próprios a criar. E isto é, por acaso, um dos métodos que mais utilizo para garantir que os meus trabalhos são feitos a tempo e horas, e que não ando feita maluca a acabá-los à última hora. No fundo, o que eu faço é criar um prazo de entrega do trabalho fictício (e antes da verdadeira data de entrega) e tento garantir que termino o trabalho até esse prazo.
Dito isto, imaginemos que no dia 1 de Outubro vos é dito para fazer um determinado trabalho, que deve ser entregue até dia 3 de Dezembro. Equacionando que nessa altura haverá uma considerável quantidade de testes e outros trabalhos para entregar, estabeleço como prazo fictício o dia 23 de Novembro. Assim, teria-se 8 semanas para fazer o trabalho, garantindo que duas semanas antes do verdadeiro prazo ele estava totalmente feito. Dependendo da complexidade do trabalho e dos outros prazos, podem estabelecer prazos mais ou menos curtos.
Se bem que eu penso nisto tudo no início de cada ano, a verdade é que acabo por não me organizar assim tanto (pelo menos não tanto como queria, porque lá no fundo acabo por fazer tudo). Contudo, agora que vou começar o segundo ano e estou decidida a aumentar em mais de 1 valor a minha média (em relação à que tive no primeiro ano), tenho mesmo de ser muito bem organizada.
Acharam útil o post?

1 comentário:

  1. O post foi super útil, principalmente pra mim que sou suuper desorganizada. Eu amei o novo lay do Estudante Fashion!
    Será que dava pra você dar uma passadinha lá no meu blog?! Agradeço desde já! Mil beijos e sucesso com o blog!
    - Lais Wonsovicz ( http://blogseliganobatom.blogspot.com.br)

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