segunda-feira, 14 de julho de 2014

Dicas - FashionSkribo

Como podem ter lido na barra lateral do blog, estou fora do país a trabalhar, pelo que o meu tempo disponível e o acesso à internet têm sido e ainda continuam a ser escassos. Deste modo, e como não queria deixar o blog sem um Especial Regresso às Aulas, tenho estado a re-publicar os posts que publiquei no ano passado. E, hoje trago-vos, o último deste posts. Caso tenham alguma dúvida ou alguma questão, porque entretanto vou regressar a Portugal e ter um pouco mais de tempo livre (ainda que não muito, porque ainda tenho mais umas semanas de trabalho pela frente), é só deixarem na secção de comentários ou enviarem um mail para o endereço do blog, que podem encontrar na barra lateral.
Como é habitual nos meus posts deste género, quero só deixar realçar alguns pontos antes de começar a escrever sobre o tema de hoje. Em primeiro lugar, como costumo referir, os “métodos” que aqui vou referir resultam comigo, mas isto não significa que o mesmo possa acontecer com vocês. Cada estudante é como cada qual e no momento de estudar somos todos completamente diferentes uns dos outros. Pode-se é conhecer os métodos de outras pessoas e adaptá-los a nós, criando um método totalmente novo e que é, então, eficaz para nós . Em segundo e, último lugar, eu não vou bem referir métodos de estudo. Este post irá sim incidir sobre algumas dicas para vos ajudar a melhorar o vosso estudo.

A importância do estudo
Muitos poucos são os casos de pessoas (neste caso estudantes) sobredutados, que têm uma capacidade inata e mais desenvolvida para aprenderem e raciocinarem do que o “comum dos mortais”. Não interpretem mal esta minha frase; de modo nenhum quero desvalorizar o trabalho de muitos de nós. Quero apenas realçar que não somos nenhumas máquinas, que não somos computadores e que não nascemos ensinados. Todos nós temos de aprender, como é óbivo, simplesmente uns mais do que outros.
Os conhecimentos não caem do céu como se fossem uma gotinhas de água quando chove. É preciso adquirir estes conhecimentos. Ainda que o nosso cérebro seja como que uma esponja, ou seja, que vá absorvendo várias coisas ao longo dos anos, relacionados ou não com as matérias leccionadas na escola, é importante que todos estes conhecimentos sejam bem organizados e consolidados, de modo a que sejam completamente compreendidos. E é por este motivo que é importante estudarmos. E que o façamos como deve de ser.
Motivação, força de vontade e objectivos
Antes de falar de qualquer método ou dica de estudo, tenho de realçar a importância da motivação. E, como ela, a força de vontade. Eu até diria que o primeiro factor a ter em atenção é que não devemos ver com maus olhos a escola, mas honestamente estaria a ser um tanto ou quanto hipócrita. Não retiro o valor devido a este aspecto, visto que é muito mais díficil fazer-se o que quer que seja quando estamos contrariados, no entanto, isto não é assim tão preto no branco. Eu admito que, sobretudo, no Ensino Secundário, quase nunca ia todos os dias com grande disposição para a escola. E não me interpretem mal, até porque se há coisa que eu mais adoro fazer é aprender. Mas as aulas que tinha nunca foram muito chamativas para mim; o que não se verifica agora na Universidade, visto que até estou com bastante vontade de voltar para as aulas.
O que eu quero dizer com isto é que, acima de tudo, devemos ter força de vontade, motivação e objectivos. Mesmo indo com pouca disposição para a escola, eu sabia muito bem que aquilo era importante para a obtenção dos meus objectivos: entrar no Ensino Superior, para o curso que queria e para a minha primeira opção. A motivação e a força de vontade são das coisinhas mais importantes que devemos ter. Em primeiro lugar, devemos dar mais relevâncias aos aspectos positivos do que aos negativos. Em segundo lugar, ter objectivos é óptimo para nos motivarmos a fazer algo. E deixo-vos aqui uma das melhores citações que já ouvi a este respeito: “Certifica-te de definir pequenos objectivos. E de ter também grandes objectivos. Certifica-te que tens metas elevadas de modo a estares sempre a trabalhar para algo.” by Ryan Lochte. Deste modo, estabelece-se objectivos pequenos, como por exemplo, fazer todos os trabalhos de casa (algo que muita gente deixa sempre para trás) ou ser mais interventivo nas aulas; e, ainda, estabelece objectivos mais altos, como por exemplo, obter uma média superior a 16/17 valores ou teres mais de 18 valores num teste.
Todavia, é sempre importante ter em mente as nossas próprias capacidades. Imagine-se que se tem imensa dificuldade a uma disciplina, em que só se tem negativas baixas. Querer subir, ainda que ao fim de três anos, para um 19 poderá parecer um pouco irrealista demais. Mas estabelecer uma primeira meta nos 10 valores ou até mesmo nos 12/13 valores, será algo mais atingível. Se se superar isso, obviamente, seria óptimo.
Aulas
O que vou dizer é um autêntico cliché, mas a verdade é que é absolutamente importante e essencial para ter sucesso na escola e, sobretudo, na universidade. Durante as aulas devemos saber separar os momentos de lazer daqueles em que devemos prestar atenção. Ainda que até ao Secundário os professores apenas digam, basicamente, aquilo que está escrito nos manuais, o certo é que podem sempre acrescentar algo de novo que, na altura de fazer o teste e/ou exame, pode fazer toda a diferença. E isto ainda mais se aplica no Ensino Superior, visto que as informações que os professores nos fornecem não estão, necessariamente, em livros. Nesta fase é mesmo extremamente importante prestar muita atenção às aulas.
Há professores que, entendendo que 90 minutos de aulas é demasiado tempo para muitas pessoas estarem concentradas, optam por fazer uma espécie de intervalo, no qual dá para descontrair e falar um pouco com os nossos colegas e/ou amigos. Mas como isto não acontece à maioria dos estudantes é importante compreender que as aulas são um local para se aprender e não para se conviver. Costumo ler em blogs e “sites” do género que, nas aulas, não nos devemos sentar ao pé de amigos, sob pena de sermos tentados a passar toda a aula a falar. Eu discordo totalmente. Até porque, pelo menos para mim, seria insuportável estar ao pé de alguém com quem não me daria bem. A questão não é se estamos ou não ao pé de alguém com quem falamos imenso; é sim uma questão de sabermos ter ou não uma boa postura na sala de aula. Durante os 12 anos de escola obrigatória (e mesmo agora na Universidade), sempre estive sentada ao lado das minhas melhores amigas e não era por isso que passava as aulas a falar. Podem sentar-se ao lado de quem se dão bem, mas devem ambos compreender que é nos intervalos que devem aproveitar para pôr a conversa em dia.
Em adição a estas óbvias razões, prestar atenção às aulas é um método muito importante de estudo, na medida em que faz com que parte das matérias fiquem logo “gravadas” na nossa cabeça. Este é meio caminho andado para que, quando necessário, seja bem mais fácil estudar e compreender determinada matéria. E, além do mais, seria muito mais complicado tentarem compreender algo de que nunca ouviram falar. Tomando como exemplo as aulas de Matemática… digam-me lá se não seria complicado tentarem resolver uma equação com duas variáveis, sem ter-se prestado atenção às aulas em que o(a) professor(a) explicou como é que se resolviam estas equações?
Apontamentos
Não me vou prolongar muito sobre este tópico, visto que já o retratei num post anterior (que podem ver aqui). No fundo, o que vou é reforçar a importância dos apontamentos para o estudo e o porquê de eles serem considerados um método de estudo, pelo menos para mim.
Como já vos expliquei no outro post, os apontamentos são como que um relatório daquilo que é leccionado nas aulas. Eles são, assim, uma forma importante para nos relembrarmos sobre aquilo que foi retratado nas aulas. E é pelo facto de serem um registo das aulas que fazem deles um dos métodos de estudo mais importantes. Especialmente no Ensino Superior, eles são a base do estudo, sendo que a eles, como é claro, se deve acrescentar toda uma bibliografia.
Trabalhos de casa
Não há muito que se possa dizer sobre este assunto. Os trabalhos de casa são algo muito menosprezado pelos estudantes. Eu própria admito que não fazia metade deles, que era uma seca fazê-los. Mas também sei o quão importantes eles são, o quão utéis são para aprendermos. Os trabalhos de casa não devem ser vistos como um castigo dados pelos professores; mas sim como um método de estudo, como uma forma de aprendermos.
O fazer-se trabalhos de casa, especialmente se todos os dias, ou dia sim dia não, obrigar-nos-á não só a prestar atenção nas aulas – cujas explicações são importantes para conseguirmos resolver os exercícios – como também a termos a matéria quase sempre fresca na nossa cabeça. E é uma óptima maneira para nos apercebermos, antecipadamente, onde é que temos dúvidas ou onde é que precisamos de trabalhar/praticar mais.

Dica #1
A primeira dica que quero realçar é algo que de certo já ouviram várias vezes, tanto dos vossos pais como dos vossos professores, o que não faz com que não seja super importante. Há que compreender que se deve estudar todos os dias. E, quando digo isto, não estou a dizer para estudarem que nem uns malucos todos os dias. Até pelo contrário, isso seria algo absolutamente contraprodutivo. Devem sim, estudar um pouco todos os dias. Em média umas duas horas por dia. Isto não só proporciona que a matéria se vá assimilando aos poucos na nossa cabeça, como também evita que nos sobrecarreguemos na altura dos testes e/ou exames.
Dica #2
Em conjunto com o que disse acima, devem também começar a estudar antecipadamente, para que não acumulem toda a matéria nas vésperas dos testes. Até o final do Ensino Secundário, para mim, bastava-me começar a estudar, realmente, uma semana antes de determinado teste. Agora que estou no Ensino Superior, começo a estudar “a sério” cerca de três semanas antes de um teste e, começo um pouco mais cedo ainda se tiver vários testes de seguida numa só semana. Pode parecer um exagero, mas garanto-vos que não é.
Por um lado, tem-se o factor de ser bastante a matéria, visto que as cadeiras são semestrais. Por outro lado, há professores que, quando escolhem que matéria é que sai no teste intermédio, optam por estabelecer o limite dessa matéria nas vésperas do teste. Já me ocorreu para um teste deste, sair matéria que dei na aula anterior ao dia do teste. Especialmente por este último aspecto, é que nunca devemos deixar todo para a última. Neste caso, se a restante matéria não estiver já bem assimilada, será muito complicado compreender-se todo em apenas dois ou três dias.
Dica #3
Ainda que o principal seja compreender-se, há certos tópicos em determinadas matérias que podem muito bem serem memorizados. Exemplo disso, são datas de acontecimentos histórias, nomes de autores ou investigadores, entre outros tantos. Nestes casos, há claro que compreender os seus contextos e tudo isso, mas pode-se optar por memorizar um conjunto de datas. Deste modo, podem optar por usar mnemónicas.
Em relação a isto pouco vos posso acrescentar, visto que não sinto necessidade de as usar. De qualquer forma, aquilo a que recorro algumas vezes é à minha memória fotográfica. Ou seja, por exemplo, à medida que vou estudando, vou associando determinados textos ou citações a partes específicas das folhas de apontamentos e resumos que uso. Depois, numa altura de teste e/ou exame, sabendo que me quero lembrar de qualquer tipo de informação, tento visualizar onde é que ela se encontrava. E é claro que, como qualquer método, ele é falível, visto que às vezes por mais que tente não me consigo lembrar de algo. Daí que seja importante compreendermos a máteria, para que não tenhamos que recorrer a métodos como este.
Dica #4
Esta dica já é mais referente aos alunos do Ensino Superior, uma vez que é algo que se verifica mais neste nível de ensino. Há algo para o qual se deve ir muito (mas mesmo muito) bem preparado… E isso são os testes com consulta. Muito ingenuamente, há imensos estudantes que pensam que estes testes são mais fáceis de fazer; mas é aqui que se enganam redondamente. Estes são, na verdade, dos testes mais complicados que poderão fazer na vossa vida. Em primeiro lugar, porque requer que tenham toda a bibliografia necessária com vocês durante o teste. Em segundo, estas bibliografia tem de estar muito bem organizada, caso contrário irão desperdiçar imenso tempo à procura das referências que necessitam. Em terceiro lugar, o nosso cérebro como esponja que é, tem uma grande tendência para memorizar algo que acaba de ler e transpôr exactamente o mesmo depois no papel. Nestes testes, temos de ter uma grande capacidade para nos abstrairmos disso, por assim dizer, e escrever tudo por nossas própria palavras, porque, caso contrário, estaremos a plagiar. Mas é claro, como em qualquer teste, especialmente neste, podemos fazer citações.
Dica #5
À medida que vais estudando todos os dias, podes optar por estudar mesmo aos bocados. Quero eu dizer que, em vez de todos os dias estudares a matéria do início ao fim, divide-a em partes e vai estudando à medida que os vais compreendo. Agora, quando te aproximares mesmo da semana em que tens esse teste, deves sim estudar toda a matéria por inteiro, certificando-te que fica tudo compreendido e nada é deixado para trás.
Por último, deixo-vos aqui um horário semanal para que possam ter uma ideia de como poderão organizar os vossos dias. Este horário foi quase na sua totalidade inventado, sendo que me inspirei no horário de aulas de um curso de 1º ano da minha faculdade.

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